quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Jesus, Humilde em Espírito por Excelência


Contam os evangelhos canônicos (Mc 10, 17 e Lu 18, 18) que, em dada ocasião, aproximou-se um jovem de Jesus e perguntou:

“Bom Mestre, o que é preciso que eu faça para adquirir a vida eterna?”

Ao que o Mestre respondeu:

“Por que me chamais bom? Só Deus é bom.”

Jesus foi o exemplo maior de humildade. De Si nunca disse nem mais nem menos do que realmente era.

Quando afirmou, conforme relata João, “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo 14, 11) ou “Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim.” (Jo 14, 14), nada falava além da verdade que tão bem conhecemos. A quantos milhões de anos Jesus tem cuidado de nós, jamais abandonando a uma só de suas amadas ovelhas? Mais do que o sofrimento no Gólgota, é essa dedicação contínua por nós que mostra o quanto Jesus tem dado a vida por nós. E quem tem dúvida de que Jesus, ao longo desse tempo imenso, conhece a cada um de nós na mais profunda intimidade? 

Quando Jesus disse “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida...” (Jo 14,6) , cada atributo desses reflete a mais pura verdade. Jesus é, de fato, o caminho, sendo por todos sabido que quem segue os Seus passos chegará mais cedo à perfeição. É, sem dúvida, a verdade, uma vez que nada que saiu de Sua boca jamais deixou de representar a verdade em sua mais pura essência. É, sem sombra de dúvida, a vida, a verdadeira vida, pois seu exemplo nos mostra como estar neste mundo sem a ele pertencer, como aproveitar ao máximo o nosso potencial de  “vivos”, no entender profundo do termo, representando aqueles que despertaram para o sentido da existência. Tudo o que Jesus disse de si foi exatamente o que Ele é, sem aumentar nem diminuir nada.

Espírito de imensa envergadura, responsável maior pelo nosso orbe e pela humanidade terrena, Jesus poderia ter escolhido nascer em berço de ouro, filho, talvez, do poderoso imperador romano. No entanto, preferiu nascer em um estábulo, na simplicidade de uma classe humilde e em uma nação dominada.

Questionado pelos poderosos da época quanto ao fato de se misturar com os excluídos, chamados de pecadores por aqueles que se julgavam sem culpa, o Mestre replicava “Os sãos não precisam de médicos e, sim, os doentes.” (Mt 9,12; Mc 2, 17 e Lu 5, 31). Quando queriam, ora endeusá-lo, ora condená-lo pelos notáveis prodígios que fazia, Ele apenas respondia que as obras que fazia era o Pai que fazia através d’Ele, exortando-nos a fazer obras iguais ou até maiores, como relata João (Jo 14, 12).

Toda a vida de Jesus entre nós foi uma aula de humildade. Jesus poderia ter sido rei na Terra, mas Ele não tinha vindo para isso. Poderia ter sido um grande rabino de seu tempo, o maior de todos, mas não era essa a missão a que se tinha proposto. Poderia ter sido um mago, respeitado e temido por todos, mas tal não era a sua natureza.

Quanto mais evoluído um Espírito menos ele valoriza seu estágio evolutivo diante dos homens, pois, ao evoluir, todos os sentimentos ligados ao ego vão sendo abandonados.

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