sábado, 4 de fevereiro de 2012

6 - ACEITA A CORREÇÃO

“E, na verdade, toda correção, no presente, não parece
ser  de  gozo,  senão  de  tristeza,  mas,  depois,  produz  um  fruto
pacífico de justiça nos exercitados por ela..”
Paulo (Hebreus, 12:11)

A terra, sob a pressão do arado, rasga­se e dilacera­se, no entanto, a breve
tempo, de suas leiras retificadas brotam flores e frutos deliciosos.
A árvore, em regime de poda, perde vastas reservas de seiva, desnutrindo­
se e afeando­se, todavia, em semanas rápidas, cobre­se de nova robustez,
habilitando­se à beleza e à fartura.
A água humilde abandona o aconchego da fonte, sofre os impositivos do
movimento, alcança o grande rio e, depois, partilha a grandeza do mar.
Qual ocorre na esfera simples da Natureza, acontece no reino complexo da
alma.
A corrigenda é sempre rude, desagradável, amargurosa; mas, naqueles que
lhe aceitam a luz, resulta sempre em frutos abençoados de experiência,
conhecimento, compreensão e justiça.
A terra, a árvore e a água suportam­na, através de constrangimento, mas o
Homem, campeão da inteligência no Planeta, é livre para recebê­la e ambientá­la no
próprio coração.
O problema da felicidade pessoal, por isso mesmo, nunca será resolvido
pela fuga ao processo reparador.
Exterioriza­se a correção celeste em todos os ângulos da Terra.
Raros, contudo, lhe aceitam a bênção, porque semelhante dádiva, na maior
parte das vezes, não chega envolvida em arminho, e, quando levada aos lábios, não
se assemelha a saboroso confeito. Surge, revestida de acúleos ou misturada de fel, à
guisa de remédio curativo e salutar.
Não percas, portanto, a tua preciosa oportunidade de aperfeiçoamento.
A dor e o obstáculo, o trabalho e a luta são recursos de sublimação que nos
compete aproveitar.

(Chico Xavier - Emmanuel)

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